Maneiras de se prevenir da doença de Alzheimer

A Doença de Alzheimer (DA) é uma progressiva deterioração das funções cerebrais, como perda da memória, da linguagem e da habilidade de cuidar de si próprio. É uma alteração neurodegenerativa que se apresenta por perda cognitiva. Assim, compromete as atividades de vida diária associada com alterações comportamentais.

Aproximadamente 10% das pessoas com mais de 65 anos e 25% com mais de 85 anos podem apresentar algum sintoma da DA e muitos casos evoluem para demência. Pode se desenvolver precocemente, por volta dos 50 anos de idade.

Contudo o Alzheimer não é para ser esperado como parte da terceira idade, devendo ser prevenido. Não se conhece uma causa específica da doença de Alzheimer. A hipótese predisposição genética para seu aparecimento ainda está em estudo. Mas já existem pesquisas que apontamos fatores epigenéticos, que são uma influência de vários hábitos de vida e de agentes externos presentes no ambiente.

Os principais sintomas são falha na memória para acontecimentos recentes, sendo comum repetir a mesma pergunta, dificuldade para acompanhar conversas e resolver problemas simples do cotidiano, além de dificuldades para dirigir, se orientar e se expressar com palavras, ideias ou sentimentos.

Existem estudos que apontam fatores que podem ajudar na prevenção do Alzheimer, dentre os quais estão: controlar fatores que desencadeiam a hipertensão arterial, os níveis de colesterol e diabetes tipo 2; realizar atividade física regularmente e fazer o uso de vitamina C.

Além disso, um estudo realizado na Universidade de Keele, na Inglaterra, indica que a exposição humana ao alumínio está ligada à causa da DA. Então, para evitar o excesso dessa substância no organismo, é indicada a redução de cosméticos e produtos de higiene que contenham alumínio, cozinhar alimentos em panela inox, porcelana ou vidro, evitar o consumo de enlatados e beber água sempre filtrada.

Um outro estudo, realizado na Universidade de Varsóvia, indica a importância da saúde intestinal, visto que alterações na flora intestinal podem causar aparecimento de certas patologias humanas, incluindo a Doença de Alzheimer. Assim, alimentação rica em gordura, administração de antibióticos excessiva, falta de probióticos e/ou prebióticos na alimentação, padrão de constipação intestinal (prisão de ventre) são fatores que aumentam a predisposição de desenvolver essa doença.

Por outro lado, a modulação da composição da microbiota intestinal pode diminuir o risco de DA e ser capaz de retardar a progressão. Para esta boa modulação intestinal deve-se fazer uma alimentação saudável rica em: legumes, verduras, frutas, fibras, proteínas e evitar alimentos processados e/ou embalados e se possível dar preferência a alimentos orgânicos.

O ideal é buscar orientação nutricional personalizada. Em um outro viés, análises realizadas em pacientes diagnosticados com Alzheimer revelaram que haviam células infectadas com a bactéria P. gingivalis na média de 30% a mais em comparação com outro grupo não diagnosticado. Dessa maneira, foi evidenciado que a concentração de gengivinas no tecido cerebral desses pacientes é expressivamente maior. Logo, conclui-se que cuidar bem da saúde bucal é uma maneira de prevenir não apenas gengivites, mas também o Alzheimer.

Portanto, manter a mente ativa, uma boa vida social, bons hábitos alimentares e atividade física regular, pode retardar e até inibir a manifestação da Doença de Alzheimer.

Fonte: Ministério da Saúde, Jornal Europeu de Epidemiologia e Jornal de Neurologia, Neurocirurgia e Psiquiatria.

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