A Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira (23) um Projeto de Lei que prorroga o prazo de benefícios fiscais nas áreas de atuação das Superintendências de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Amazônia (Sudam) até o ano de 2028.
O texto foi aprovado com uma votação de 375 a favor e 31 contra, sendo encaminhado para a sanção presidencial.
O governo manifestou apoio à proposta, mas a votação enfrentou atrasos de várias semanas devido à inclusão da prorrogação dos incentivos fiscais também para a região da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) pelo Senado, sem a estipulação de contrapartidas. Após intensas negociações, essa região acabou sendo excluída da prorrogação.
O relator do projeto, deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE), destacou a necessidade de sua aprovação urgente, uma vez que o prazo se encerraria em 31 de dezembro deste ano. Ele explicou que foi obrigado a excluir a Sudeco devido à falta de previsão orçamentária, visando evitar o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Bismarck ressaltou que a emenda do Senado Federal causaria um impacto fiscal significativo, com renúncia de receita cujo montante não estava devidamente especificado nem compensado. Diante desse aspecto, ele argumentou que as exigências e condições estabelecidas pelos dispositivos constitucionais e infraconstitucionais não estavam sendo atendidas.
No entanto, o deputado Dagoberto Nogueira (PSDB-MS) expressou descontentamento com o projeto, argumentando que causou uma injustiça com a região Centro-Oeste ao prorrogar apenas os incentivos do Norte e Nordeste. Ele mencionou ter feito apelos para incluir a Sudeco, ressaltando sua importância como berço da agricultura, mas a região ficou excluída da prorrogação, resultando em inconformidade com essa decisão.
Conforme o projeto, as empresas devem apresentar projetos de instalação, ampliação, modernização ou diversificação de seus empreendimentos e obter a aprovação desses planos pelas respectivas superintendências para usufruir dos benefícios, que incluem a redução de 75% do imposto de renda e a possibilidade de reinvestir 30% do imposto de renda devido no projeto.
Fonte: Contadores CNT